29 agosto 2014

9º dia: 11 de Agosto de MMXIV

parque de campismo > pequeno-almoço em VINHAIS > Parque Natural de MONTESINHO > BRAGANÇA: passeio, almoço, café > Parque Natural de MONTESINHO > N218 por ARCOZELO > rio Maçãs > VIMIOSO > MIRANDA DO DOURO: turismo, oficina, residencial, passeio, jantar, dormida

 o nevoeiro ajudou ao ambiente misterioso e secular do belo parque natural 


 uma das aldeias típicas
 quando o sol abre, o verde parece levar-nos a paragens mais nórdicas
a paisagem muda de tonalidades
a caminho do planalto de Miranda

O 9º dia começou com a despedida da Mafalda e do Francisco, que ainda nos viram a preparar a Sardanisca para a viagem. Saímos às 8h35 e, depois do pequeno-almoço, entrámos pela estrada que nos pareceu ser a mais bonita: a que passa pelo parque natural de Montesinho. Não nos enganámos e valeu mesmo a pena; entre vales e montes lá chegámos a Bragança. Tempo de estacionar e de conhecer a cidade. Deixámo-nos inspirar pelas ruas e explorámos o castelo. Mais tarde perguntámos a um senhor numa tabacaria onde poderíamos encontrar o restaurante "Lá em casa", e fomos os primeiros fregueses a almoçar. A Beatriz e o Rui vieram dizer-nos um olá. Depois do almoço fomos beber o café a uma esplanada verdejante e seguimos caminho, ainda passando pelo mesmo parque. Já a caminho de Arcozelo apercebi-me que estávamos sem conta-quilómetros, o que me deixou ansioso, por não saber se o detector de gasolina restante não estaria igualmente avariado… Mas ainda pudemos apreciar a paisagem bastante singular do rio Maçãs a caminho de Miranda do Douro. A primeira coisa a fazer foi procurar o turismo para saber de alojamentos e oficinas. Lá fui a duas oficinas de motos, onde percebi não encontrar material para a minha vespa - "na melhor das hipóteses, em Castelo Branco. Aqui não usamos disso!". O parque de campismo fechado para obras fez com que optássemos por uma residencial barata à porta da vila. Sem grande aspecto, deu porém para estender roupa, tenda, sacos cama (que ainda estavam húmidos). Fomos para a vila, conhecê-la a pé (já que nos tinha parecido tão bonita) e procurar um local para comer e beber qualquer coisa...

Bragança

 Máscara e fato típico de Trás os Montes
 com saudades do meu sobrinho
 as empenas dos edifícios revestidas a chapa ou a telha
 "marquise"
 Igreja dentro do castelo
 construção civil românica
 torre do castelo
 no centro de cultura viva
 Alô alô
 escolha difícil
 café da tarde

Bragança foi o local escolhido para a visita da manhã e para o almoço. No restaurante "Lá em Casa"almoçámos a horas de turistas nórdicos e ainda pudemos encontrar a Beatriz Miranda e o Rui Machado, que andavam por estas bandas. No chão começa-se a ver a utilização do basalto, as varandas avançam à maneira medieval. Esta capital de distrito, austera e pobre, não consegue disfarçar porém uma beleza singela que a fez ser escolhida - supostamente - para o casamento em segredo de D. Pedro e Inês de Castro.

Miranda do Douro, a rainha do planalto

 Mirandun, a cerveja artesanal local
noite de lua quase cheia

Miranda do Douro foi uma descoberta, esta terra perdida num planalto, inserida num parque nacional de paisagem protegida, onde a primeira língua oficial é o mirandês (e só depois aparece a tradução para português), é uma pequena pérola ainda pouco conhecida. Faz-me pensar em Olivença. O nosso final de tarde foi passado a percorrer as suas ruas e a aproveitar os raios de sol dourados. Claro que não faltou a sobremesa tradicional, a fantástica "bola doce", parecida com o "folar de Olhão", no restaurante Balbina - o jantar tinha sido uma cerveja artesanal com uma tosta de queijo, numa esplanada do centro histórico.

10º dia: 12 de Agosto de MMXIV


MIRANDA DO DOURO > PICOTE > BARROCAL DO DOURO: visita ao santuário e capela > SENDIM > MOGADOURO > CASTELO BRANCO (o outro) > LAGOAÇA > FORNOS > FREIXO DE ESPADA À CINTA > LIGARES > MAÇORES > TORRE DE MONCORVO: almoço e visita > VILA NOVA DE FOZ COA: gasolina no Intermarché, museu > CASTELO MELHOR: encontro com Catarina e Sara > FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO > CASTELO RODRIGO > PINHEL: jantar em casa, visita ao primo da Catarina na torre de vigia

 partida de madrugada da residencial D João III
 cabana itálica
 Mogadouro, igreja de S Francisco
 Mogadouro, castelo
 Castelo Branco, a aldeia
 Freixo de Espada à Cinta
 arquitectura contemporânea a caminho de Foz Coa
 Douro 
 Vila Nova de Foz Coa
 Castelo Melhor
 Castelo Rodrigo
 A Gda deu o lugar à Sara, de Castelo Rodrigo a Pinhel
O colchão da residencial era PÉSSIMO, o que fez com que ambos estivessemos de olho aberto ao nascer do sol. Decidimos então partir pela fresca, às 7h15, em direcção ao Picote, um frio de bater o dente. Junto à barragem fomos visitar o actual centro de acolhimento (antiga estalagem) e santuário modernistas. Lindo!! Voltámos à N221 em direcção a Sendim e não conseguimos evitar um IC até a Mogadouro. Horta de pequeno-almoço e esticar as pernas. Visitámos igrejas, castelo e ruelas, uma capela em restauro…
Lá demos com uma nacional e passámos por uma terra chamada Castelo Branco, com um solar em ruína habitado por um burro. Tentámos encontrar um miradouro em Lagoaça e vimos o "castelo" de Freixo de Espada à Cinta, e outra igreja em restauro. Para Ligares a estrada é linda de deserta, com montanhas de todos os lados e amendoeiras. Passámos ainda por Maçores, com a vespa a gemer de esforço e almoçámos que nem uns abades em Torre de Moncorvo, terra onde passeámos e travámos conhecimento com a Nazaré, uma velhota proprietária de duas lojas que nos disse ter sempre um copo de água para nos oferecer. Em Vila Nova de Foz Coa, terra feia, abastecemos e seguimos para o museu sobre as gravuras. Encontrámo-nos junto ao Paleolítico com a Sara e a Catarina, voltadas da visita às gravuras. O final do dia encheu o céu de nuvens fotogénicas, um claro/escuro dramático levou-nos a Castelo Rodrigo que visitámos quase ao crepúsculo. Levei a Sara comigo até Pinhel, onde a tia da Catarina nos preparou um repasto. Depois do jantar, a Gda ficou em casa e os restantes foram a uma torre de vigia de incêndios, conhecer o primo da Catarina que nos falou de todas as belezas da região.